A liberdade de pensamento incomoda tanto...

"Julguei que era meu dever de cidadania dar pública notícia deste caso. Para que se saiba o que as coisas são. Está feito."

Porfirio Silva

Dedicado a Paulo Macedo

Ministro da Saúde. Conotado como Opus Dei. Não se importa que as pessoas morram à espera de um transplante... (é que os transplantes não dão lucro e exigem um conjunto de profissionais altamente especializados e com competência comprovada no assunto, logo não são transferíveis para os hospitais das Misericórdias nem para os hospitais privados - a não ser que alguém se chegue à frente com as dezenas milhares de euros necessários...)

Bem estiveram João Rodrigues Pena e Maria João Aguiar. 

Estamos em retrocesso civilizacional

Eu já tinha referido este tuite à uns dias. Na altura o tema do post não era este, mas convém agora pegar neste assunto que é tão importante como o desempenho económico do nosso país. O programa do Governo fala no plafonamento das pensões, uma palavra cara que quer dizer que quem ganha mais vai descontar menos para a segurança social, logo essa classe social (odeio o discurso de classes, mas o PSD a isto obriga...) vai contribuir menos para as reformas de TODOS. A médio prazo (se não for já a curto prazo), juntamente com o corte na TSU, que representa menos 800 milhões de euros para a Segurança Social, isto vai levar ao aparecimento de um gigantesco buraco financeiro. Agora, só precisam de imaginar o que vai acontecer num futuro próximo às pensões e reformas... Volto a dizer que quanto mais tempo o PSD se mantiver no Governo em pior estado vai ficar o país. Ainda vamos acabar ao nível dos países árabes, com uma elite riquíssima e a imensa maioria da população na pobreza...

Quando eu reclamo com a Opus Dei

é por causa de coisas como estas do Bagão Félix. Porque depois acontece isto. Estes actos de campanha são claramente reveladores de uma zona de conforto moral e ideológica, de direita, claro, ali, onde um político tem por normal dirigir-se ao país na Páscoa, preocupado com a saúde, usando o seu estado civil como trunfo, a sua mulher sentada como uma estátua, mas prova estética, a todos os níveis, de que o candidato a PM é homem de bem, casadinho como se quer, um homem de família. Aposta-se nessa imagem que se adivinha que ainda dá votos num ringue com políticos divorciados, sem filhos, sem mulher, sem marido.

Esta direita existe porque ainda há um país para quem esta propaganda pessoal conta.

Não é o país de esquerda, nem de direita, nem de coisíssima nenhuma de jeito.

Cãozinho de guarda da Opus Dei

Imagem sacada daqui! (vale a pena ler...)

Num artigo de opinião que apareceu ontem no JN, João César das Neves advoga que a 1ª República foi, na sua essência, anti-cristã e que hoje em dia se faz revisionismo histórico do que se passou na época. Curiosamente, os artigos de opinião deste personagem não aparecem na edição online do JN, e existe uma boa razão para isso: é tal a quantidade de bordoadas que leva nas caixas de comentários e na blogosfera que as suas opiniões já só são válidas para os incautos que apenas lêem a versão em papel e não conhecem a má fama do opinador.

JCN estava claramente a referir-se, sem nunca explicitar, à Lei da Separação entre a Igreja e o Estado. O assunto até pode parecer irrelevante, especialmente se tivermos em conta o que são os assuntos mais importantes do momento para os portugueses (FMI, eleições, UE). MAS NÃO É! Acontece que o personagem que escreveu aquela opinião pertence à Opus Dei, uma organização que tem uma tendência irresistível para apoiar ditadores (Salazar... - basta olharem para a imagem do post) e que nas últimas eleições presidenciais apoiou fortemente Cavaco Silva, apesar de algumas críticas públicas para entreter os mais extremistas dentro deste grupo de extremistas.