sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Não se vê um futuro decente para a UE

(imagem sacada daqui, e aconselho a leitura)

Enquanto os países periféricos continuam a ter de defender o euro por sua própria conta e risco e as bolsas continuam em queda, os alemães continuam a fazer tudo o que podem para deixar a Europa numa situação cada vez pior. Já disse e volto a repetir que a Alemanha devia ser expulsa da UE: o comportamento desse país é vergonhoso, é uma tentativa de atingir o domínio político e económico sobre os outros países da Europa (França, Benelux, Escandinávia e os países de Leste vão sentir muito em breve os efeitos dessa estratégia...) e é ainda o país que lidera uma autentica luta de classes. Eu acho mesmo que isto vem de um revisionismo histórico alemão, semelhante ao que vem acontecendo da parte dos salazaristas em Portugal, com a agravante de se estar a fazer exactamente o mesmo caminho que levou à xenofobia e ascensão de ditaduras fascistas na Europa.

Claro que eu vejo que os líderes europeus ainda não estão preparados (não têm tomates...) para lidar com Merkel e com os neoliberais da economia "burra". E sei que a dívida portuguesa está em euros... Portanto, na minha opinião, o que se devia fazer era criar as condições para que seja a Alemanha (e todos os países que forem suficientemente burros para a quererem acompanhar) a querer sair do euro de forma a desvalorizar a moeda em que temos de pagar a nossa dívida. Quanto mais o euro desvalorizar face a todas as outras moedas, mais fácil será a Portugal pagar as dívidas. Senão, a única alternativa que nos resta é fazer default...

Música do dia

Até o ex-patrão dos patrões já percebeu que algo está muito errado...


Francisco Van Zeller diz que "seria ridículo os portugueses aceitarem os sacrifícios que lhes estão a ser impostos sem se manifestarem nas ruas ou sem greves". O antigo presidente da CIP encara com normalidade eventuais protestos, "naturais e sem violência", como sempre tem acontecido. Van Zeller diz mesmo que seria ridículo, neste contexto, a população não sair à rua, a dar a ideia de que somos um povo de molengas. Pareceríamos "parvos, ou mortos" se isso não acontecesse, acrescenta Francisco van Zeller em entrevista à Antena1.

Austeridade não serve (nem pintada de amarelo!)

"Apesar de a maioria dos portugueses ainda acreditar que a austeridade é inevitável, entendo que um discurso de oposição ao governo deve insistir em dois pontos: a austeridade leva o país ao desastre; existe uma política alternativa defendida por economistas com elevada qualificação académica. Para executar esta política, precisamos de um governo que rompa com o Memorando, recupere a tutela do Banco de Portugal e ponha em execução um controlo eficaz do sistema financeiro. Recorrendo à monetarização da dívida, esse governo lançaria um programa de estímulo ao crescimento da economia e um programa de criação imediata de emprego em colaboração com autarquias, agências de desenvolvimento local e organizações de solidariedade social. Que fique claro: mesmo uma austeridade mais justa não serve."
Jorge Bateira

Milhão aqui, milhão ali

Quando aparecem boas notícias convém elogiar para reforçar o comportamento positivo. O fim dos governos civis e o corte nos dirigentes autárquicos de topo parecem-me boas medidas, e eu não desdenho de forma nenhuma a poupança de um milhão aqui, meio milhão acolá, 2 milhões lá...

No que toca à reorganização territorial apanhei algures e à uns tempos uma ideia que nunca mais me saiu da cabeça e que acho que tem pernas para andar: a pura e simples extinção das freguesias, com a passagem de pessoal e competências das Juntas de Freguesia (não dos eleitos para as Juntas...) para as Câmaras Municipais. Isto também pode ser gerador de poupanças significativas...