terça-feira, 13 de setembro de 2011

Lebensborn

(imagem sacada daqui)

No período nazi, Himmler liderou um projecto que pretendia "purificar" e "aperfeiçoar" a raça ariana. Esse programa chamava-se Lebensborn, e consistiu na criação de uma série de "clínicas" onde mulheres consideradas como arianas puras - loiras, de olhos azuis e pele muito branca - conviviam sexualmente com oficiais das SS  (falando a linguagem coloquial dos dias de hoje: eram putas numa casa de putas). Os filhos resultantes da actividade dessas "clínicas" foram depois criados pelos oficiais das SS de forma a receberem uma educação ariana pura. Curiosamente, o resultado foi que as crianças assim geradas eram, no essencial, atrasados mentais: a maior parte era autista e as que se safaram dessa doença genética apresentavam sérios atrasos no desenvolvimento cognitivo. Infelizmente parece que essas deficiências genéticas perduram no seio do povo alemão até aos dias de hoje, o que explica muita coisa...

Também infelizmente, parece que o PSD e o CDS querem honrar a longa História das elites portuguesas de submissão aos interesses estrangeiros (falando, novamente, a linguagem coloquial dos dias de hoje: são uma cambada de traidores sem vergonha).

Música do dia


A Presença das Formigas - "O Rei (A Morna Indiferença)" from MPAGDP on Vimeo.

E o primeiro e maior incumpridor de PECs é... a Alemanha!

"Os países do euro violaram os limites estabelecido pelo Tratado de Maastricht para o défice (3% do PIB) e para a dívida (60%) em 137 ocasiões entre 2000 e 2010, segundo o Eurostat. A Alemanha, país que hoje se erige como paladino da disciplina financeira, e a França, ultrapassaram esses limites 14 vezes cada, enquanto a Espanha e a Irlanda apenas 4 e 5 vezes, respectivamente, e nunca antes da crise recente. Os melhores alunos foram a Finlândia, o Luxemburgo e a Estónia, que sempre cumpriram as regras. (...)
Em 2003, o PEC foi dinamitado quando o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, e o presidente francês, Jacques Chirac, fizeram pressão e conseguiram que o Conselho não endossasse as recomendações da Comissão que exigia a esses dois países uma maior redução do défice. A decisão franco-alemã causou danos irreparáveis na credibilidade do controlo financeiro dentro da UE."

El País. Post gamado do Machina Speculatrix.

Não se perdoa a vira-casacas

"Os sindicatos dos professores, os guerrilheiros da blogosfera que combateram a avaliação e à frente de toda esta gente o Mário Nogueira estão de parabéns, conseguiram uma grande conquista para a classe, aceitaram um modelo de avaliação que está infinitamente mais próximo do modelo anterior do que das alternativas que apresentaram no passado, aceitaram do governo da direita o que nunca teriam aceitado do governo anterior."

O euro tem os dias contados

"A turbulência financeira na Europa já não é um problema de economias pequenas e periféricas como a Grécia. O que está agora a caminho é a especulação total sobre economias muito maiores como Espanha e Itália. Neste momento os países em crise representam aproximadamente um terço do PIB da zona Euro, portanto é a própria existência da moeda única europeia que está ameaçada.

E todas as indicações mostram que os líderes europeus estão relutantes sequer em reconhecer a natureza da ameaça, quanto mais em lidar eficazmente com ela.

(...)

Ouvindo muitos dos líderes europeus - especialmente, mas não significa apenas, os alemães - e qualquer um pensaria que os problemas no continente são um conto da simples moralidade da dívida e castigo: os governos endividaram-se demais, agora estão a pagar o preço, e a austeridade fiscal é a única resposta."

Paul Krugman (Nobel da Economia). Tradução livre da minha autoria. Encontrado no Arrastão.

Sem pressão nas ruas a situação não se resolve

"Qualquer uma das duas saídas conhecidas (governo económico europeu ou recuperação da soberania monetária) pressupõe governos com outro tipo de atitude, com uma consciência mínima dos interesses dos povos, o que só acontecerá com um recrudescimento das lutas sociais. Caso contrário, as elites políticas permanecerão paralisadas. Paralisadas pelo poder do capital financeiro que ajudaram a reconstruir depois da crise, paralisadas pelas ficções de mercado que continuam a dominar na Economia, em suma, paralisadas pelas ideias e pelos interesses. O défice é sobretudo político porque a economia é irremediavelmente política, ou seja, é sobre quem tem poder e sobre quem está exposto a esse poder."

João Rodrigues no Ladrões de Bicicletas