(imagem sacada daqui!)
Já ando à algum tempo que ando para escrever este post. Mas nem dá vontade de falar mais das desgraças que se abatem sobre o nosso país. Os juros da dívida a níveis estratosféricos (não eram os votos no centrão e na austeridade que iam acalmar os mercados?...), a privatização de tudo o que der lucro no Estado (Saúde, Transportes, Correios, Seguros, Energia - já repararam que são todos sectores vitais para todos os cidadãos?) e o aumento das transferências de dinheiro do Estado para os privados (contratos de associação com as escolas privadas - os favores eleitorais pagam-se caro... -, e contratos com grupos privados na Saúde - o financiamento partidário é uma coisa linda de se ver...). E ainda aposto que vão aparecer mais uns quantos centros comerciais e que vai haver uma expansão no número de continentes e pingos doces (os favores eleitorais pagam-se caro...).
A imensa maioria das pessoas vai agora sentir na pele o que é uma verdadeira depressão económica, enquanto aumenta o número de Jaguares, Ferraris, Porsches e quejandos a circularem nas nossas estradas. Porque se acham que os privados os vão tratar melhor que o Estado pelo mesmo preço, aviso-vos já para esquecerem essa ideia e assim evitarem serem tratados como idiotas no futuro. Se acham que os privados vão desatar a contratar trabalhadores desenganem-se também, porque nenhuma das empresas privatizadas vai precisar de mais trabalhadores do que os que tem e, pelo contrário, vai é proceder a "reestruturações do pessoal" (mais conhecidas por despedimentos), nem nenhuma empresa vai contratar alguém porque a TSU vai descer. Se acham que o desemprego vai parar de subir, olhem para o que (não) vai ser feito no sector da construção civil. Se acham que o país com este governo vai conseguir pagar todas as dívidas são pura e simplesmente estúpidos. Com estas ideias o que o PSD e o CDS vão conseguir é tornar Portugal num pária entre as nações. E vamos passar do estatuto de país desenvolvido para o estatuto de país subdesenvolvido.
A História demonstra que quando se levam as populações ao extremo depois acontecem coisas extremas, e normalmente bastante más. Daqui a um ano faço um balanço do estado do país e do governo, se este governo e esta actual elite económica sobreviverem até lá. Faço votos para que não chegue nem um ao final do ano - os portugueses não são como os gregos, mas as surpresas acontecem. Olhem que somos cada vez mais a avisar, mesmo neste antro da direita que é o distrito de Aveiro...