sábado, 10 de setembro de 2011

Quem é que ainda acredita que os serviços de espionagem estão ao serviço do Estado (todos nós...)?

"Jorge Silva Carvalho suspeita ter sido alvo do mesmo tipo de espionagem a que foi sujeito o jornalista do ‘Público’ Nuno Simas. Fonte próxima do actual quadro da Ongoing e ex-director do SIED, Silva Carvalho, diz ao CM que pode "existir um registo de telefonemas dele em tudo idêntico ao que foi publicado sobre o jornalista Nuno Simas".


A mesma fonte vai ainda mais longe: "A transcrição dos telefonemas de Silva Carvalho foi executada na altura da campanha eleitoral, quando estava a colaborar no programa do PSD". Ou seja, ainda em Junho, quando o então secretário-geral do PSD e actual ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, adiantou ter recebido uma carta anónima onde se falava da existência de escutas ilegais a dirigentes do PSD.
Relvas apresentou queixa na altura e, já em Julho, depois da vitória do PSD nas eleições de 5 de Junho, a Procuradoria-Geral da República decidiu abrir um inquérito crime ao ocorrido.
Tal como Silva Carvalho, também o actual secretário--geral do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, colaborou no programa eleitoral do PSD, com uma proposta que previa a fusão dos serviços secretos – Serviço de Informações EstratégicAs de Defesa (SIED) e Serviço de Informações de Segurança (SIS) – num só organismo comum. Silva Carvalho pode ainda voltar a ser chamado à Comissão de Assuntos Constitucionais. O presidente da comissão, o social-democrata Fernando Negrão, lembrou que foi Silva Carvalho quem pediu há dois meses para ser ouvido."

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