(imagem sacada do Diário de Notícias Madeira)
Pelo que percebo da campanha madeirense, Jardim continua o mesmo troca-tintas do costume e debita números para confundir, e sempre ajudado por comunicação social sustentada com dinheiros públicos. A Diocese do Funchal também está enterrada até ao pescoço com o tomate saltitante (alguns leitores perceberão agora melhor porque o laicismo é tão importante).
Uma boa parte da retórica nos últimos dias tinha sido à volta da divisão da dívida em directa, indirecta e administrativa. Repararam como ontem ninguém se interessou pelas partes das dívidas que são directas, indirectas, ou ainda mais indirectas? Pois foi assim que Portugal foi tratado pela troika...
Convém comparar o que é comparável: a dívida total portuguesa é de 160.5 mil milhões enquanto a dívida total da Madeira é 6.328 mil milhões de euros. Estão incluídas todas as dívidas directas, indirectas e administrativas. A dívida per capita dos madeirenses é de 24.913 euros e a dos restantes portugueses é de 15.047 euros – 10.000 euros de diferença.
Não devia ser exigido aos madeirenses nem mais nem menos que a todos os portugueses. Mas eu às vezes pergunto-me até que ponto os madeirenses se sentem realmente portugueses quando aparentemente se preparam para reeleger o indivíduo que meteu um défice orçamental de 23% só no ano de 2010! (repito: 2010! - com Portugal a ver as taxas de juro a serem atacadas, os neoliberais da UE a exigirem sangue e a Grécia na bancarrota) e que depois ainda insulta os continentais!
Gostava que os madeirenses me dissessem, muito a sério, se são portugueses…
Seja ou não seja reeleito Jardim, o fisco madeirense tem de voltar para a alçada do Ministério das Finanças. E caso Jardim seja reeleito, a Assembleia da República devia nomear um governador económico e financeiro para a Região Autónoma, durante o período em que terá de haver o congelamento de muitas das transferências do “continente” para a Madeira. Não se pode confiar em Jardim, nem se deve! E ontem já tivemos uma amostra da fidelidade ao dono. Estas reacções de tipo canino comovem-me...
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