"O ‘Expresso’, na edição de Sábado, divulgou dados interessantes a respeito dos ‘custos do factor trabalho’, coligidos pela filial belga da Deloitte.
(...)
Portugal é o 6.º país da lista, o que conduz a diversas conclusões:
· Os empregadores portugueses têm menores ‘custos do factor trabalho’ do que os suportados por congéneres espanhóis, italianos, suecos, belgas, checos e franceses, por força da TSU ser inferior a encargos do tipo, suportados por estes últimos;
· Os ‘custos do factor trabalho’ em Portugal situam-se acima dos valores pagos por empresários alemães, holandeses, polacos, irlandeses e britânicos;
· No conjunto de países estudados, cuja contribuição para o PIB da União Europeia está muito acima dos 50%, apenas a Polónia, em termos de constrangimentos de ‘custos do factor trabalho’, poderá representar ameaças à competitividade da mão-de-obra portuguesa, por efeito da similitude do perfil de desenvolvimento económico, se avaliado face ao tecido industrial português;
· Por divergências estruturais na indústria, ou em parte dos casos por efeitos dos benefícios da PAC (Política Agrícola Comum) usufruídos por Alemanha, Holanda e Reino Unido, a nossa economia, no todo e substantivamente, está longe de poder competir com os três países indicados, tornando-se falsa a premissa dos ‘custos do factor trabalho’ ser causa da falta de competitividade nacional."
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