(mapa sacado do googlemaps)
Um comentário aqui fez-me escrever um texto que acaba por ser mais de urbanismo que de outra coisa qualquer. Acabo, por isso, por quebrar o que escrevi nos 2 posts anteriores e publico mais um post antes de voltar às férias. É um texto um pouco longo, mas é a minha opinião sobre os parques infantis e sobre a necessidade de um parque para a cidade de Anadia:
Em Anadia existem espaços exíguos para as crianças, como atrás dos edifícios amarelos ou pouco depois do Repuxo (na direcção da Póvoa do Pereiro). Claro que aqueles espaços, apesar dos baloiços e afins, não têm qualidade (espaço, piso, etc e tal...) para serem chamados de parques infantis. Mas onde é que vamos fazer verdadeiros parques infantis? É bom que fique esclarecido senão alguém da Câmara ainda vai achar que o local certo para um parque infantil é junto ao Estádio...
Os terrenos da Câmara ficam fora da malha urbana. Os terrenos arborizados que existem dentro da cidade, e que podiam ser convertidos em parques urbanos, pertencem à Santa Casa da Misericórdia de Anadia ou a particulares, e esses não estão dispostos a perder dinheiro em nome do bem comum. O Monte Crasto é, em grande parte, de particulares que devem estar a pedir couro e cabelo pela capela que lá existe e não sei se não há lá algum património arqueológico. O Monte Crasto tem ainda a agravante de não morar praticamente ninguém nas imediações. Seria mais um projecto ao estilo do cine-teatro: um grande investimento mas desligado do resto da cidade...
Esta campanha recorrente do CDS sobre o Monte Crasto só dá mais importância aos privados que têm lá terrenos, e no fim sobrevaloriza aqueles terrenos. Além disso, acho que o parque da cidade tem um local com um potencial para o desenvolvimento da malha urbana muito melhor: os terrenos da Misericórdia entre o Museu Luciano de Castro e o Centro de Dia/ (incluindo já o campo de futebol que lá existe) mais os terrenos agrícolas que vão até ao novo parque de estacionamento atrás da Câmara Municipal e aquela casa senhorial que está à venda à meses. Um parque desses valorizaria a zona de maior densidade populacional de Anadia e seria um incentivo à revalorização (privada) daquele casario e armazéns decrépitos por trás do BPI e da Câmara (são dos últimos espaços de construção naquela zona...). E a casa senhorial podia servir para um café de apoio, uma biblioteca de verão, uma nova sede da banda de música (a sede actual está a cair aos pedaços...), um espaço de exposições, uma Casa da Cultura, etc...
Vou pedir aos anadienses o favor de calcorrearem a Travessa da Várzea que começa ao lado do Museu e acaba na Av. das Laranjeiras, e que depois digam o que é que vêm e o que é que conseguem imaginar para aquela zona... E não se esqueçam de ver tudo o que existe ali à volta e calcular a quantidade de gente que mora nos edifícios que conseguem ver.
Creio que os leitores terão reparado que eu levei o assunto do parque infantil para o parque da cidade, porque me parece que as duas coisas têm de ser pensadas em conjunto. Os pais também querem ter um tempo de lazer enquanto tomam conta dos filhos. Chama-se a isso qualidade de vida, e parece-me a única solução que Anadia tem para crescer populacionalmente, visto que não se prevê nenhuma revolução nas redes de transportes (viárias e ferroviárias) que servem Anadia. Ter à disposição um parque a dois passos de distância onde se possa praticar desporto, tomar um café e deixar os filhos a brincar com outras crianças (sob vigilância), visitar um museu, ver uma exposição ou ler um livro é, definitivamente, qualidade de vida.
PS: Atenção que eu vou voltar às férias e só olho para blogues (incluindo o meu que tem moderação...) depois do dia 31. Continuação de um bom Verão! :))
PS 2: A rotunda da palmeira morta continua na mesma e aproxima-se novo Inverno. Muito cuidado que ainda se aleija alguém... Fica ao cuidado da Câmara...
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