"Uma das escassas coisas boas da presente crise é que, pela primeira vez, a política europeia ocupa o lugar central na discussão política europeia.
Trata-se de uma grande mudança. Até há pouco, as opiniões públicas nacionais encontravam-se quase inteiramente focalizadas em matérias de política interna. Por um lado, as questões europeias permaneciam reservadas a uma restrita elite de políticos, diplomatas e, em menor escala, de gestores de empresas transnacionais. Por outro, os eleitores pediam aos políticos locais responsabilidades pela sua incapacidade de resolverem problemas que, verdadeiramente, não tinham poder para resolver.
(...)
Pondo as coisas de uma forma mais direta: não precisamos de socorro alemão, precisamos que os salários alemães congelados há uma dúzia de anos aumentem, que os impostos baixem, que o consumo e o investimento aumentem e que, por decorrência, as importações aumentem e o excedente comercial baixe."
Sem comentários:
Enviar um comentário