Na sequência do caso do copianço dos juízes, temos agora a demissão da Directora do Centro de Estudos Judiciários. Até aqui parece-me tudo bastante normal. O que já não é normal é a razão invocada para a demissão da desembargadora Ana Luísa Geraldes: "face à torrente de notícias sobre o CEJ que continuam a ser veiculadas e que põem em grave risco a imagem e credibilidade da instituição". Ou seja, o problema principal não foi ter acontecido este caso, foi o caso ter-se tornado público?!!! O problema principal não foi o copianço generalizado, não foi a suspeita de que havia alunos que conheciam o teste antecipadamente, não foi a decisão de correr todos os examinandos com a nota mínima (mas suficiente para passar...), não foi isto tudo ter acontecido na única escola que forma magistrados no país. O problema, para a directora do CEJ, é os jornais terem publicado tudo sobre o assunto, o que faz pensar que se o caso não tivesse tido repercussão nos media talvez nada se tivesse passado...
Mas eu vou explicar, bem explicadinha, a razão porque a desembargadora devia ter sido demitida e porque todo o CEJ devia ser investigado publicamente: porque houve ASNEIRA DA GROSSA! Não assumir claramente o erro e tentar só manter as aparências de uma certa normalidade (só quebrada pelo ruído dos media...) mostra, pelo menos, uma de duas coisas: ou isto é mesmo normal no CEJ, ou a direcção não estava preparada para as responsabilidades. E o problema está aqui...
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