sexta-feira, 27 de maio de 2011

Muitos portugueses comem palha mas cada vez mais eleitores informam-se e pensam pela sua cabeça


Já algumas vezes aqui escrevi sobre o papel dúbio que os media nacionais têm tido na divulgação das propostas dos vários partidos. Chegou-se ao ponto em que (finalmente!) algum tribunal aplica a lei e afirma que TODOS os partidos merecem O MESMO tratamento da parte da comunicação social. O acórdão é apenas sobre os debates televisivos frente-a-frente, mas não é difícil perceber que o mesmo devia acontecer com os noticiários. Só é pena não obrigar os partidos "grandes" a cumprirem os seus deveres perante os cidadãos.

Os media andam a dar palha aos portugueses à anos. Felizmente a internet, e essencialmente a blogosfera, tem conseguido furar o estreitamento de opiniões com que nos impingem as visões dos partidos dominantes. Ainda há muita gente mal informada sobre as reais opções nestas próximas eleições, mas graças ao esforço e partilha de informação de cada vez mais bloggers as escolhas editoriais de jornais, rádios e televisões, mais ou menos encapotadas e sempre subordinadas aos critérios e interesses dos patrões/accionistas, passam cada vez menos despercebidas. É necessário que quem está mais esclarecido seja capaz de argumentar com os menos esclarecidos e demonstrar as incoerências e incompetências gritantes dos partidos do "arco do poder". Esta é a missão de qualquer cidadão decente. Espero que também seja a de quem lê este post...

Por fim deixo-vos com a opinião de António Campos (que desconheço), encontrada algures nesta caixa de comentários: "É fundamental que votemos em 5 de Junho para que o PS sofra a sua merecida derrota. Para os eleitores menos informados e esclarecidos politicamente a sua preocupação deverá ser, votar no PSD ou no CDS. Devem derrotar de modo primário José Sócrates e a sua pandilha, não entendendo eventualmente outros aspectos do contexto em que nos encontramos.
Para os eleitores mais bem informados penso que os seus votos devem incidir nos partidos de esquerda, BE ou PCP, pois revelam também o seu vivo protesto contra a situação em que nos encontramos, e se procuram vislumbrar algumas alternativas consistentes à “ajuda externa” em que fomos envolvidos.
"

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