quarta-feira, 6 de abril de 2011

A convergência indispensável

aqui tinha alertado para a existência de uma convergência de esquerda. Esta possibilidade é cada vez mais real, mesmo mantendo-se algumas diferenças entre o BE e o PCP, e uma óptima notícia para o país. Finalmente a esquerda pode conseguir peso político para pensar em entrar para um Governo e com isso influenciar o futuro do país a curto e médio prazo. Se optarem por modelos económicos keynesianos, mantiverem o modelo social europeu, rejeitarem as sucessivas imposições dos canibais neoliberais e colocarem os credores também com a corda na garganta, têm o meu voto garantido!

6 comentários:

  1. Então não votarás neles pois não só não defendem modelos económicos keynesianos como também não manterão o modelo social Europeu visto a probabilidade de eles o levarem à falência é enorme (ou então à nossa própria falência por via de impostos). O modelo defendido é a estatização da economia. Como dizia o Mário Soares em metade de um século assistimos ao cair de duas ideologias: comunismo e liberalismo na forma anglo-saxónica.
    Assumindo como verdade as minhas afirmações, conclui-se que em termos lógicos não irás votar neles.

    Hirão Abiff

    ResponderEliminar
  2. Hirão, quem é que te disse que não precisamos de intervenção do Estado na Economia? Neste momento é bem necessária. O pleno emprego está muito longe...

    ResponderEliminar
  3. Somos uma pequena economia aberta para o bem e para o mal Hakeem.

    Hirão Abiff

    ResponderEliminar
  4. Essa é uma visão muito derrotista Hirão. E não é o que precisámos neste momento: não é normal levarmos com o dumping económico, social e ambiental da China; não é normal os credores não terem qualquer responsabilidade (só direitos!) sobre a forma como aplicaram o dinheiro; não é normal que uma recessão ajude a pagar as dívidas (mesmo que tudo o resto se mantenha, o défice público salta automaticamente para 100%, 110%, 120%, e o défice externo para 320%, 330%, 350%...). Por esse andar daqui a um par de anos até o FMI desaparece com a desculpa que o país é inviável...

    ResponderEliminar
  5. Não é derrotista, mas sim factual.
    E não é por via esquerda.net que as coisas se resolvem.
    Hirão Abiff

    ResponderEliminar
  6. Também o que escrevi é factual. E se é necessário o Estado reentrar na banca (por exemplo, mas um exemplo escolhido a dedo) para assegurar um desempenho mínimo da parte desse sector, que seja! Se for preciso criar mecanismos para contrariar o dumping chinês, que se faça! Tudo isto devia ser tratado ao nível da UE e da OMC, mas não é...

    ResponderEliminar